Nouvelle Académie

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Filósofo Escritor e publicitário Poéta

Friday, June 26, 2009

Principio da educação

No livro Metafísica de Aristóteles: “Todos os homens, por natureza, desejo de saber. Uma indicação disso é a delícia levarmos em nossos sentidos, mesmo para além da sua utilidade eles são amados por si próprios, e acima de todos os outros, o sentido da vista.” Ou seja, todo ser humano que persegue o seu intuito de saber algo será alvejado de vontade de sempre procurar aquilo, aprender como ser processa aquilo até alcançar; o principio da educação é esse, sempre despertar ao homem esse desejo inato de sempre saber.

Só que inocentemente, o ser humano usa fonte pouco confiáveis para tal meta, pois sempre não vê os dois lados daquele saber. Todos pensam que saber é o portal para o paraíso, mas como disse o mestre de Aristóteles, Platão, saímos de uma caverna e quando voltamos a essa para salvar os outros, esses outros rirem de nossas caras. Pensam eles que não estamos vivendo o mundo de verdade que eles chamam de realidade, mas não sabemos o que é realidade até descobrimos nossas próprias conclusões; pois de nada vale uma realidade que os outros nos impõe e sim o que pensamos ser. Muitos pensadores hoje, tem a idéia errada de um estado real, um estado mitológico, porque hoje tudo se mistura, tudo é uma coisa só. Como saber, por exemplo, realmente se o homem foi realmente a lua? Para mim é um fato mitológico, pode ter havido milhões de situações que põe em duvida tal ato, que milhares de pessoas acreditam piamente.

Mas a questão é outra, a questão é o que fazemos de nossas imagens, seja de algo lido ou de algo visto um aprendizado de uma realidade. São conjuntos de mecanismos que se juntam e que de alguma maneira nos faz pensar em uma imagem da dita realidade. Posso ver um sujeito nas minhas condições e fazer dele um sujeito inútil, só porque recebi uma imagem coletiva, que um sujeito em uma cadeira de rodas seja um inútil; não importa o que ele faça, sempre estará sujeito a esse tipo de imagem. No geral é isso que acontece no ser humano, ele cria conceitos que vão carregar por toda a vida e nada que digamos fará desistir desta imagem. Talvez por isso que muitos preconceitos aparecem, visões distorcidas de uma educação errada, de culturas marcadas pela dominação estética perfeita, o ser humano vem trazendo para si mesmo o declínio e não a ascensão.

Se todo homem deseja saber, como bem disse Aristóteles, o ser humano deveria deixar essas visões distorcidas pré- históricas que pensam ainda estarem em clãs tribais. Não estamos mais nesses clãs e não temos mais este conhecimento rudimentar de não achar saídas para essas imagens, seja no lado mitológico que fazemos das imagens que nos dão, ou nas imagens que entendemos como realidade. Agora, quem nos dá as primeiras expressões de que nos damos como realidade? Uns dizem que as escolas devem ter esses papeis, que as imagens que vamos levar pela nossa vida são da escola; mas as primeiras imagens que fazemos são em nossa própria casa. Como bem disse Kant, as virtudes que nós carregamos sempre vem no colo de nossas mães, não temos em nenhum recanto além, as primeiras impressões do mundo.

Mas uma pergunta importante me faz refletir sobre isso: o que seria a realidade? O que é um ser real que vangloria nas sendas da sabedoria que o ser humano ainda não caiu em questão? Talvez não vão me dar o mérito de especular tal senda, porque advogo que há meios além para saber que essa realidade é totalmente relativa. Por que digo isso? Muitas pessoas se confundem em querer que aquilo seja real e aquilo que é real, uma coisa não traz a outra por serem bases distintas por si mesmo.

O querer que seja real é a idealização de uma realidade que só existe na mente de quem a presume, não há em formas concretas, uma forma de se provar que aquilo existe ou não. O que é existir em forma concreta? É a visualização daquilo que se presume ser verdade, uma situação que realmente ocorreu, que não pode ser negada. Mas se pode adulterar esse existir com imagens falsas, sem um critério absoluto de autocrítica, pois não negamos o fato por ele acontecer ou não, mas vamos acreditar porque nos mostraram. Quem mostrou também pode está iludido, não temos como saber, ai se faz as lendas e os fatos que a maioria acredita; sempre lembrando, que um fato só forma na realidade, quando acreditamos nele ou não. Pode ser, talvez, que essa realidade que veio de Platão que tudo passa pela racionalidade e Descartes reforçou com seu método, seja uma tentativa de não mostrar a realidade, mas um modo de pôr ela realmente no âmbito da analítica sintética de algo concreto. Quando vejo um pão, por exemplo, não digo que é um conjunto de massa feita de farinha e de outros componentes, simplesmente o chamo de pão. Neste caso o agente de minha realidade é eu, porque posso ver o pão e não fazer juízo desse pão como algo real, pode ser uma miragem no meio de um deserto, ou pode ser uma alucinação graças a alguns copos a mais de vinho. Como saber se é real? Como saber se o tal político está dizendo a verdade de fato? Que aquele acontecimento não seja falso? Talvez possa ser alimentação de nossas próprias utopias dentro do que fazemos da realidade, dentro do que fazemos de nossos próprios conceitos ou preconceitos.

O principio educacional se alimenta dessa visão porque aquele que o a tem, vai passar para aquele que está aprendendo a ter, está descobrindo essa realidade no molde principal do método. Quando uma criança taxa alguma imperfeição de seu colega de colégio é culpa da escola? A noção perfeita estética veio nas primeiras expressões na escola? Não, teremos sim essas impressões dentro do núcleo familiar, dentro da base educacional familiar e não a sociedade, pois a sociedade é a própria agente da sua realidade. Será que como foi mostrado por Platão, vivemos numa caverna cuja realidade é apenas as sombras que nos querem mostrar? Será que toda essa suposta realidade é apenas um jogo de linguagem que nos fazem confundir? Não sabemos ao certo.

Talvez o grande problema que o ser humano enfrenta quando recebe a educação é o que fazer com ela, um recebimento de um conhecimento é um meio de linguagem que alcançamos para dar o que achamos ser real e útil. “Achar” é ter certeza? Uns dizem que sim, mas muitos estudiosos vão dizer que achar é uma forma vaga de ter certeza daquele conhecimento; tudo em nosso mundo é feito daquilo que fazemos dele, é a maneira no qual o expressamos para as outras pessoas. Tudo que existe são símbolos semânticos que usamos como linguagem, por exemplo, quando dizemos que há cinco maçãs dentro da cesta, estou afirmando que dentro de uma cesta que determino há cinco maçãs. Pode ser que não exista, mas sei o que é cinco (3+2) e sei o que é maçã (fruto da macieira), então faço uma construção com o numero de objetos e o objeto em si mesmo. O que será “em si mesmo”? É algo que se expressa por si, não põe em duvida sua existência dentro do mundo no qual fazemos, a maçã é um fruto o qual milhares de gerações foram familiarizadas com elas e por milhares de anos elas são chamadas de “maçãs”. O mesmo diremos com o cinco, pois foi uma maneira de expressar o conteúdo de objeto e foi muito bem sucedido; ao longo da cultura de vários séculos, ouve algarismos para simbolizar esse numero, mas a idéia, foi bem exposta.

Talvez a maneira de expressarmos nossas idéias sejam as vezes maneiras erradas, como eu dizer que vou tomar banho. Eu estou afirmando que “vou” tomar um banho, pois minha vontade fará que meu corpo ponha potencia no meu ato e então o ir fica evidente por si mesmo. Fica diferente se eu dizer para outra pessoa assim, se posso tomar banho, pois o “posso” , põe meu ato dependente do outro, minha liberdade está determinada por outros; assim a grande maioria da massa, pensa e dá aos “outrens”, a potencia de sua própria determinação. Muitos chamam isso de alienação, ou seja, se criam imagens para enganar a percepção de quem esta vendo e criam uma realidade que não é verdadeira. Aliás, uns dos grandes desafios do pensamento humano é mostrar a realidade, onde nem a religião mostrou com suas explicações teológicas sobre a criação (falo das religiões institucionais), nem a ciência que mostra explicações superficiais sobre a realidade e a verdadeira busca do verdadeiro conhecimento.

O conhecimento é o ousar, isso foi dito por Kant e mostra verdadeiramente a meta racional humana, ousar tem que ir muito além do limite daquilo que nos mostram, é duvidar das cinco maçãs, é duvidar que o outro pode me dar condição de meu banho. A linha de raciocínio cartesiana esta um pouco equivocada, porque deveria ser “duvido, logo penso”, porque o pensar começa no ato da duvida e pôr em duvida faz de nós seres racionais. Eu, por exemplo, posso por em duvida a ida do homem a lua por muitos motivos, que para mim, são motivos muito bem pensados que vão ter base nisso tudo. Se realmente foi ou não, para mim não implicara em nada minha vida, mas para muitas pessoas isso é um grande “marco” da historia da humanidade. Costumo sempre ousar, sair do senso comum, atestar verdade prontas e acabadas que perdem o sentido da educação, do saber humano no intuito de conhecer; o ser humano teima ainda em ficar na caverna vendo sombras de pseudo verdades. Onde está o racional nisso?

A ousadia faz do ser humano dono do seu próprio conceito e dono de seu próprio mérito, o dia é dia porque nossos antepassados regularam o tempo e fizeram o período temporal para que nós tivéssemos limite. Na verdade, o tempo foi inventado para as fabricas, colégios e afins, regulassem suas atividades e fizessem seus professores, chefes, alunos a obedecerem as agendas, mas nada disso existe efetivamente como ordem universal. O que é um fato? O que é uma coisa? Coisas são objetos manipuláveis, fatos são objetivos que saem de nossas mentes que impulsionam nossa vontade. O intuito de toda a educação é o alastramento de fatos que fazemos; a origem da idéia e da ação de tal idéia, o cogito cartesiano que penso e assim sei de minha própria existência, ou seja, toda existência começa por si mesmo e se expande. Nesse expandir, tudo que originou aquilo vai multiplicar e se tornar ação que teve uma causa. Que causa é essa? O ousar deveria ser a causa, mas muitas pessoas não querem e não podem ousar por medo de fantasias ou um mundo real que elas próprias constroem. Só tenho uma conclusão a dizer, reduzimos nossos saberes em telas de televisões, dizeres de sacerdotes e mais ainda, fazemos delas sombras de nossa própria mente e isso é muito perigoso.

Monday, January 14, 2008

Instinto do saber



O ego é a priori do inconsciente. O EGO é a parte primitiva que está em meus genes passados pelos meus ancestrais, isso possibilita a priori do inconsciente porque resgata esse lado, ao mesmo tempo racional e ao mesmo tempo não. O SOU é simbólico porque como disse, o ego é a priori do inconsciente que liga o instinto primitivo e o consciente sapiens que transfigura a verdade, meu EU esta dentro de mim porque é o reflexo do sistema perceptivo do meio onde vivo. O resultado é o Conheça-te a ti mesmo que desvendará o universo, porque o SOU é a porta para o universo, o EGO é a entrada dessa porta, porque antes do inconsciente existe ele, porque a uma junção entre o inconsciente e o consciente que dará o COGITO que faz perceber a nossa verdadeira alma, ou seja, o instinto sapiens.


Por isso Jesus vai dizer que é o caminho, a verdade e a vida, porque não há antes do inconsciente do que o EGO, pois este é o Sou e assim existir porque a parti do COGITO eu terei o reflexo do instinto sapiens. O instinto sapiens ou saber é o mecanismo que evoca a ação da sabedoria, sendo a não acumulação, assim esquecendo quando levada em pratica e a ser testada com seus conceitos e metas. Mas como diz Sócrates, a sabedoria vem da virtude e o bom-senso, mas sempre que for testada e praticada tem que ser esquecida para reaver essa quando não servir mais.


Essa pratica da sabedoria, Aristóteles daria o nome de “Phronesis”, ou seja, a sabedoria pratica. Assim a junção da teoria e a pratica. Assim não havendo um processo de não ação de um pensamento, pois sem essa ação não teria a uma reação.


Segundo a filosofia kantiana, toda a modelagem do mundo e o modo de lidar com uma forma efetiva com suas metas e desejos é a intuição. A intuição por sua vez é o processo de apreensão racional não-discursiva de um fenômeno ou de uma relação, ela relaciona suas metas e desejos para depois encontrar a razão, nem tudo a intuição é desprovida da razão. Pois a intuição vai dizer só o modo de lidar nesse processo, porque quem operara no que temos que escolher é a razão e a razão é um processo único de crescimento interior. Esse crescimento só é valido quando conhecemos nosso próprio ser, assim, é o processo de seleção de sua consciência lhe trará. Lao Tsé iria dizer que a sabedoria é esquecer todos os saberes e ter em pratica todos os acúmulos da mente.


A ciência para Sócrates, diz, ser justo com o cosmo e assim modificando a alma, a purificação do espírito em sua unidade e totalidade o qual não é capaz de erros. A sua equação consistia em ciência=virtude=felicidade e assim, o “bem” é igual ao ser útil. Toda a sabedoria tem que ser sabedoria para conter o justo, pois se fizer algo de útil será justo com o cosmo, ou, com seu macrocosmo. O ser humano faz o bem por interesse próprio pensando levá-las a felicidade. Para Sócrates, deveríamos agir corretamente, pois indo ao caminho reto (certo) tendemos a chegar à felicidade, mesmo que eventos externos podem modificar o resultado desse caminho e no agir. Aquilo que se sabe relativo à razão que age com justiça a qualquer disciplina, para assim, modificar a alma e purificar o espírito. A purificação do espírito terá a sua totalidade e unidade a qual não é capaz de erro. Assim, a virtude surge e é a disposição de fazer o bem o que Kant diria que se aprende no colo da mãe, tendo o conhecimento racional para ter a qualidades justas e boas, úteis, assim entrando num estado de satisfação.


A intuição nada mais é do que o conhecimento claro, direto e imediato da verdade sem o auxilio da racionalidade. Ora, se não tem a ver com a racionalidade, muitas intuições foram provadas como a priori de fatos que se comprovaram, o ego (personalidade) é uma parte da intuição do modo operante do consciente. Tendo o modo de ser que esta dentro, o estado interno é o ego que seu intimo é o inconsciente e nem tudo é lógico, porque o espírito deduz (pronuncia), a si mesmo, ele pronuncia a existência do inconsciente. Toda a percepção é o que esta dentro de seu intimo pela inteligência, pronuncia no inconsciente ou no seu modo de ser, não nos dará do modo claro ou direto da consciência do sujeito.


Antes da consciência está a personalidade que antecipa ao conhecimento. Por isso que conhecer a si mesmo é antecipar o conhecimento para a analise do caráter. Posso existir consigo mesmo, com o meio (espaço-tempo) e o conhecimento entre a vida e a morte, pois a natureza do “eu” é indicar a si próprio porque temos uma relação pessoal tendo em nós o aspecto dual; a interação pessoal com aspecto dual tendo duas faces da mesma intensidade e assim, grau elevado. Uma intensidade das duas forças dará a interação dual. No modo cartesiano seria ter o propósito imediato de ser real. Porque a realidade consiste em pensar com a inteligência, pois o ser é existir na percepção de ser a si, o vácuo de ser e não ser torna-se coisas múltiplas e ao mesmo tempo, únicas.

O espaço não está na idéia de uma classe de objeto que deduz uma idéia dos termos gerais dos objetos, mas um conhecimento direto correto. Quando falamos em varias extensões envolventes de todos os objetos nos referimos à parte de uma extensão só. O tempo é a percepção dentro da inteligência que pronuncia no inconsciente ou irá pronunciar o que está dentro do seu modo de ser, pois não nos dará a essência do conhecimento desse (tempo), dentro da consciência do sujeito. Pois o espaço, ou a extensão indefinida que contem os objetos, não está na classe dos objetos, mas o conhecimento direto correto. Quando nos referimos a extensões de todos os objetos, nos referimos a um só. As expressões de todos os efeitos físicos com os símbolos são uma propriedade da falta de limite da informação, pois o espaço-tempo, nada mais é do que o “acontecimento” que tem quatro coordenadas (t,x,j,s). Então a expressão simbólica que se origina em todos os eventos físicos é o conhecimento puro, direto e não uma definição ou sentido desse. Não há sentido no tempo e sim, o conhecimento.

O poder de cognição que percebe uma “colher” é uma “colher” porque aprendemos a diferenciar o que é e o que deva ser. A “colher” é mera idéia de algo condicionado, posto em nossa mente como uma imagem holográfica. Ou seja, aprendemos a forma e a aparecia daquele objeto é uma colher, porque puseram o nome de “colher” naquele objeto. Uma idéia é apenas algo condicionado para pensar como as outras. Na verdade, o metal é a verdadeira característica da “colher”, só temos certeza que ela existe graça à idéia que temos da colher. A existência só foi posta em nossa mente, ela pode não existir, pois Platão nos mostrou que a “colher” na verdade faz parte de um tipo de software da mente que programaram. A existência de algo consiste em saber seu conceito, pois tudo que é concebido da idéia é um objeto, ou seja, quando dizemos “colher” é uma palavra que designa um objeto, mas que foi posto em minha mente. Não temos nenhuma garantia que a colher exista, pois ela pode simplesmente não existir.

Quando fragmentamos nossa consciência os fragmentos são para fazer uma só, pois tudo pode se quebrar e se juntar em outro objeto, ou seja, podemos construir uma sólida. Podemos criar uma consciência sólida, como a colméia que muitos fazem um, a consciência é uma colméia. Desses fragmentos podem-se surgir sentimentos mais fortes daqueles que se fragmentaram junto com a consciência. Os múltiplos caminhos são onde podem criar essa consciência sólida e sentimentos mais fortes. Assim não havendo meios de se criar ilusões, porque algo pode não existir por não ter base para a mesma ilusão, pois pode ser apenas uma idéia em sua mente; como 5 que na verdade é 2+3, pois sem o 2 só haverá o 3 e não iria completar o numero inteiro.

A existência só é verdadeira em seu mais puro intimo, ou seja, no conceito “colher” tem um objeto, mas temos que ver que “colher” é apenas um substantivo simples que deu o nome de um objeto. Os múltiplos caminhos é saber que além da colher não existe mais nada, apenas uma idéia. A idéia é apenas um desses fragmentos, a pura essência da “colher” é o conceito que dou a ela e apenas isso que ela existe.

No mais auto grau, algo só existe se esse foi posto em mente, pois ela pode transformar em verdade. Não temos garantia nenhuma que a colher existe. A elevação de sua mente ou consciência é apenas uma possibilidade de evolução que faz tudo duvidar, apenas é um suicídio para ressuscitar em uma só. Assim, ter o propósito de ser real em imediato. Mesmo assim, a não existência não pode criar potencia na não existência, não haverá potencias equivalentes. Porque tudo procede em sua totalidade, tudo pode ter seu equivalente igual, tudo tem um pouco de tudo e assim se fazendo um só.

Pois nada sei por que tenho a plena certeza que o verdadeiro conhecimento é ter em mente que a “colher” apenas será uma idéia e assim, a associação ocorre quando lembramos, recordamos sempre quando ouvimos a palavra. Cada conhecimento são substantivos, são idéias, nossa procura pela natureza da “colher” será sempre algo, a saber, pois todos os homens têm o desejo de saber, como disse Aristóteles.

Monday, October 08, 2007

Propriedade do “SER” e “TER”


Ser não pode ser confundido com ter, pois “ser” bonito não pode definir a mesma coisa que “ter” a beleza. As noções de nossas maneiras de se expressar que fazem de nós seres sociais e convivamos com nosso semelhante, sabendo que eu sou um ser dentro do tempo e dentro das noções básicas das expressões. A regra diz como definiu Aristóteles, todos os homens contem o desejo de saber, ele por excelência anseia pelos mais variados conhecimentos. Como, ele pode querer esse conhecimento se ele quer “ter” ele e não “ser” ele?

Para Wittgenstein, a realidade é afigurada pela linguagem, ou seja, quando dizemos que “as ruas da capital do Brasil”, “Brasília” seria uma exigência que deve ser satisfeita e isso ele tratará em seu Tractatus. Para esse filosofo, “Brasília” é uma exigência de simplicidade porque um signo simples não é composto de outros signos. Pois, além de deve ser um signo simples, o nome, deve satisfazer uma outra exigência, de representar uma coisa simples que por ele é chamada de “objeto”. Pois bem, quando compomos um conjunto de signos simples, faremos um composto de uma realidade; realidade está, provada pelos nossos sentidos e pelas possibilidades que formam nosso mundo. Esses signos mostram as coisas no seu sentido singular numa maneira única e não composta ao mesmo tempo.

Podemos dizer, por exemplo, que “a moça é muito bonita” que compõem a simplicidade de achar a moça bonita não muda a realidade, porque o “é” bonita faz ela “ser” em sua essência. Mas junto com os signos simples vamos ver que a “moça” no caso, é de “ser” bonita pelo conjunto visual que ela nos dá como uma realidade provada em si mesma. Agora “ter” beleza é a forma artificial do problema, porque viabiliza uma visão não singular, mas composta por todo ser que olhar para ela e dizer que ele tem uma beleza. Dentro do pensamento singular o “ser” comporá uma visão em si mesmo para alcançar a linguagem verdadeira e encontrar a verdadeira essência daquilo que vimos, como “meu amigo é legal”, o “legal” é uma manifestação cultural singular de uma região que quer dizer uma pessoa gostosa de se conversar. Mas é um signo simples com significado único de configurar o que nós sentimos e o que temos que expressar, como uma leva infinita do ser em muitas realidades.

Mas o ponto é que temos fatos que são verdadeiros ou falsos conforme sua visão, ou seja, só será para “P”; por exemplo; não-p. Vamos imaginar novamente a moça bonita e dizer “a moça loira é bonita” que de fato é comprovado em si para si, ou seja, esse signo “loira” é irrelevante em si por sua simplicidade que o fato exige; assim, a realidade que esse signo (loira) tem, pode ser único pela minha visão de regra em si mesmo e a singularidade de meu conceito. Como se sabe, os conceitos são baseados de verdadeiros ou falsos, conforme for provado qual a preposição deve ser levada ao que é chamado para tal.

Decorre que essas qualidades adjetivas contidas nesses signos existem somente em nossos próprios conceitos, construídos com a vasta gama de preposições que acontecem em nosso redor e constroem a visão proporcional a aquela base. Quando digo “aquela moça chora”, é a visão que tenho, mas o conjunto de proposições vão me dizer se é por “tristeza” ou por “alegria”. Essa ligação de termos faz com que fazemos ligações conceituais irreversíveis e que nada nos dizem, assim, é irrelevante se a moça esta “alegre” ou “triste”, mas a visão me fala que ela está chorando. O verdadeiro “objeto” da questão é o “chorando”, porque ela “está” de estado de ser, ou seja, o “ser” liga a essência de si mesmo do que “ter” que é um fator de externar algo.

Não podemos afirmar que eu “sou” a caça jeans, porque é algo em si externo, algo que está fora de meu intimo, minha alma. O “ter” algo é sempre uma substancia estranha dentro do nosso ser, pois nosso intimo só pode “ser” e não “ter”. Quando dizemos: “eu te amo”, é uma sentença falsa, porque o “te” se transforma em um signo simples e ao mesmo tempo diz que “tenho amor por você”; “ter” amor é uma coisa externa que não faz o que sinto, o “te” se torna um sentimento em posse e ao mesmo tempo, não diz nada. Tudo se transforma em exigências dentro e às vezes, vícios conceituais, porque poderia muito bem dizer “eu amo você”; pois assim iria dizer que sentia amor por alguém, sentir algo não é o mesmo que ter algo por alguém. Mas existem frases onde o “ter” é necessário como “esse é meu filho”, embora o “meu” seja um signo simples, ele mostra que esse ente tem a condição de ter sido gerado por mim. Isso constrói o paradoxo do “meu”, porque o “filho” é verdadeiro por sair de uma célula minha, mas não pertence ao meu ser que é falso; falso e verdadeiro pertencem ao mesmo tempo e ao mesmo tempo são signos simples, irrelevantes.

Mas quando digo: “minha cadeira” é uma “coisa” externa que me pertence; mas se eu disser: “a cadeira que eu uso” também é algo externo que eu utilizo; tanto “que eu uso” ou “minha” é apenas uma preposição da ligação de designar a “cadeira”. Se dissermos “cadeira” apenas nada contem, porque apenas o nome sem os vários vertentes, vão anular o pensamento sobre a “cadeira” no caso. Para entender o que quero dizer sobre anulação conceitual e a verdade junto com o falso, voltamos ao caso da moça; se eu disser apenas “moça loira” nada estou dizendo, mas se digo: “a moça loira é bonita” estou adjetivando o conceito tanto de aparência (bonita), quanto de qualidade do seu ser ( é ); mesmo que eu mostre a aparência de demonstração (loira), ainda sim, essa demonstração pode não dizer nada, por conter pluralidade.

Outros conceitos já são em si com variações metafísicas e ao mesmo tempo faz se conceito por si mesmo, como se disséssemos “Deus”, pois mesmo que não podemos provar concretamente sua existência já é um substantivo; a conceituação é por si significativa e enraizada como uma força criadora do universo. Os termos onde a filosofia em si pousa, fazem por si mesmos, dois caminhos que ao se cruzarem do falso e do verdadeiro, dois que emitem duas variações opostas. Daí, o significado não importará se a prova é contundente, porque por si mesmo ele já prova isso. O “ser bonita” ou “moça loira”, em si mostra duas relações comuns para a mesma moça, ela pode ser “bonita” como pode ser “loira”.

Hegel em sua Estética, diz que a beleza artística é muito mais bela do que a natural, ou seja, na visão hegeliana; dizemos que “ter” beleza é mais importante do que “ser” belo, porque a arte vem da alma e tudo que vem da alma é muito mais belo, sendo que a natureza é imperfeita e não bela em perfeição. Ora, mas como não é feito da alma se a natureza é a própria alma em si? O “em si” é “ser” em suma natureza, e a estética artificial artística é “ter” em sua suma.

O pensamento opera por intuição ou pelos sentidos (olfato, visão, audição e tato), seja totalmente perceptível para nós. Essa intuição ela é objetiva, porque ela persegue o objeto que essa percepção sugere, ela apenas faz uma idéia, mas não remonta o que seja essa idéia com perfeição; um corpo belo, por exemplo, não fará uma idéia clara de perfeição por ainda se limitar no condicionamento da beleza na questão da “arte” e não natural. O “ser” belo, é a manifestação inata do “em si” na percepção na supra-consciencia, pois tudo que acreditamos em beleza é apenas uma ilusão do subconsciente que puseram em milhões de maneiras. Nossa própria consciência no âmbito de dominar, cria em si mesma a ilusão, levando a criar coisas inexistentes.

Algumas definições são sem prerrogativa ao tempo que essas a iludi conforme o que viveu e o que aprendeu; se aprendemos que todas as maçãs são vermelhas será obvio que para todos nós, todas as maçãs serão vermelhas. Quando falamos em uma determinada categoria de beleza, num modo singular ela vai parecer bela; uma moça pode ser bela para mim, mas para o outrem pode não ser, pois nunca que é no nosso parecer singular, não pode “ter” e sim “ser”. Evocaremos assim sua determinada limitação em algo consigo, e não comum entre vários. Assim sendo, quando Jesus diz que é a o caminho, a verdade e a vida, não colocou que ele tem, mas sim, que ele “é” o caminho, a verdade e a vida. Porque ele sentiu dentro de seu em si, não numa maneira externa, mas uma maneira interna em si mesma. Então ele invoca toda sua percepção convocando e afirmado que ele é o caminho, a verdade e a vida.